A China reconheceu ontem a vitória do candidato opositor Félix Tshisekedi nas eleições presidenciais de Dezembro na República Democrática do Congo (RDC), depois de, no domingo, o Tribunal Constitucional ter ratificado os resultados.
Respeitamos a eleição do povo da RDC e felicitamos o novo Presidente. É um acontecimento importante para o futuro político do país”, disse hoje o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, em conferência de imprensa.”Esperamos também que todas as partes fora do país possam criar condições para a paz, a estabilidade e o desenvolvimento da República Democrática do Congo”, acrescentou.
O Tribunal Constitucional da RDC confirmou, no domingo, Félix Tshisekedi como Presidente do país, após rejeitar todos os recursos interpostos contra os resultados provisórios das eleições.
O Tribunal Constitucional ratificou a vitória de Félix Tshisekedi, que obteve cerca de 38,57% dos votos contra 34,86% do candidato do principal partido da oposição, Martin Fayulu, de acordo com os dados provisórios divulgados pelo Comité Eleitoral do país em 10 de janeiro.
Tshisekedi, 55 anos, será o sucessor de Kabila, que preside aos destinos do país desde 2001.
O candidato classificado em segundo lugar nas eleições presidenciais da RDCongo, Martin Fayulu, que tinha apresentado o recurso junto do Tribunal Constitucional, rejeitou a decisão e apelou a protestos em todo o país e à comunidade internacional para que “não reconheça um poder que não tem legitimidade nem capacidade jurídica para representar o povo congolês”.
Fayulu afirmou-se como “o único Presidente legítimo” da RDCongo.
Os resultados das eleições foram contestados pela candidatura de Fayulu e pela Igreja Católica do Congo, que garante que os dados recolhidos pelos 40 mil observadores eleitorais que teve no terreno não correspondem aos divulgados pela comissão eleitoral.
A posse do novo Presidente da República Democrática do Congo está agendada para terça-feira, mas fontes da candidatura admitiram a possibilidade de poder ser adiada para sexta-feira.
Fonte do gabinete do Presidente cessante, Joseph Kabila, adiantou que hoje à tarde realizar-se-á uma reunião para decidir essa questão.
Fonte: Angonotícias
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